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Categorias de base

EM QUE CATEGORIA ESTÁ NOSSA BASE?
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“Muitos querem ser, mas nem todos vão conseguir’’

Diego Gaspar, psicólogo do Ceará

Na cultura popular brasileira há um ditado que diz “10 entre 10 meninos sonham em ser jogador de futebol”. Essa estatística embutida neste ditado popular, pode não ser 100% certa, mas representa bem a quantidade de jovens que enfrentam as categorias de base do futebol brasileiro. O mais impressionante que há um outro número, esse sim cientificamente comprovado por estudo publicado na Universidade do Futebol, de Viçosa (MG) em 2015: apenas um a cada três mil garotos consegue se profissionalizar.

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TODO MUNDO TENTA
CAMPEÃO DESDE A BASE
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Campeões desde a base

No Estado do Ceará os jovens enfrentam as mesmas dificuldades e esta reportagem busca saber o que os clubes vem fazendo para mudar essa realidade. Alguns têm se modernizado e investido nas condições estruturais. Os que mais se destacam são o Futebol Clube Atlético Cearense , o Ceará Sporting Club, o Floresta Esporte Clube e o Fortaleza Esporte Clube.

   Distante dos holofotes

A realidade da formação dos jogadores profissionais é diferente em times de menor expressão. Para chegar em uma das bases mais estruturadas do Estado, como a do Atlético Cearense, dois jogadores enfrentaram dificuldades estruturais em um clube ainda longe dos holofotes, como serviços básicos de fornecimento de água, energia e alimentação. Um dado curioso é que o clube em questão é o atual campeão cearense sub-20, o Horizonte. Os atletas João Victor, 18, e Antônio Marcos (Maranhão), 16, falam sobre como venceram os desafios para continuar na busca pelo sonho de ser um jogador profissional e, com isso, poder melhorar a condição de vida da família.

LONGE DA ELITE
Comparativo DE investimentos na base ent

Ainda é pouco

A cada ano que passa, os clubes estão investindo cada vez mais nas suas categorias de base, mas, apesar disso, o gerente administrativo da base do Ceará, Frank Nande, fala que o investimento feito ainda é pouco. Isso se explica quando há comparação entre o próprio  time alvinegro e o Fortaleza, junto a outros times do Nordeste e do Brasil.

FALTA MUITO

Parece muito, mas só parece

Os número se tornam cada vez mais preocupantes quando pensamos na quantidade de atletas jogando no Vovô, pois o investimento previsto para 2018 no futebol de base é de 1,8 milhões e 240 garotos para serem sustentados em suas necessidades básicas pelo clube, além de sua estrutura que também entra nesse valor. Se o valor fosse só para os garotos, eram cerca de 600 reais mensais para cada atleta, 60% do salário mínimo atual. O orçamento milionário, parece muito? Vale lembrar que cerca de 40 atletas moram integralmente no clube.

SÓ PARECE

E a cabeça como fica?

A estrutura não é a única preocupação, mas também a saúde mental de cada garoto. Muitas vezes os jovens acabam sendo tidos como a única esperança da família de conseguir algo melhor na vida e acabam tendo que lidar com essa pressão psicológica.Eles têm que administrar a vida escolar com os treinos, a distância de seus entes queridos e a grande chance de não conseguir dar seguimento na carreira profissional. Como fica a cabeça de meninos tão jovens com responsabilidades tão grandes? O psicólogo do Ceará SC, Diego Gaspar, nos explica em Em uma entrevista realizada em formato de áudio,fala sobre a dificuldade e complexidade, de adolescentes serem a esperança da família e que muitos, não vão nem chegar ao futebol profissional e é preciso trabalhar psicologicamente isso, em cada jogador.

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Diego Gaspar - Psicólogo do Ceará
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“Até que vai”

As melhorias são muitas e ainda precisam ser feitas como admitem os próprios clubes, mas as bases do estado atraem gente de todos cantos do Brasil e até de fora do país, como é o caso do venezuelano Moisés Garcia que, atualmente, joga na base do Atlético Cearense.

 

O jovem que chegou a jogar profissionalmente em seu país natal, resolveu vir ao Brasil por conta da gravíssima crise enfrentada por seu país: “Devido a inflação tem faltado muitas coisas, os preços subiram muito e as pessoas com um salário não conseguem comprar absolutamente nada. Uma parte da minha família ainda está lá e eu sinto muita saudade, mas não tenho nenhuma intenção de voltar”, completa Moisés.

 

O atleta chegou ao Brasil a aproximadamente três meses. No caminho até chegar a Fortaleza, passou por Boa Vista, capital de Roraima, e Brasília, onde pegou um voo até a capital cearense. “Eu acabei vindo parar aqui em Fortaleza, por conta do meu empresário. Inicialmente, eu iria para São Paulo, mas o meu agente conhecia o Mastrillo Veiga (treinador do Pacajus), que acabou pedindo para que eu viesse jogar o Campeonato Cearense aqui. Após isso, eu vim para o Atlético e só tenho a agradecer a todos pela recepção. Eles nos oferecem totais condições para que nós possamos alcançar nossos objetivos, e eu estou totalmente focado em realizar meu sonho de ser um grande jogador profissional”, afirma o venezuelano.  

TEM QUE TER CABEÇA
ATÉ QUE VAI
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