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Paulo André Lanzilotti

Lutando pelo  sonho

Revelado seu grande sonho pelo irmão, o mundial de Abu-Dhabi, pode-se dizer que é o local dos sonhos para o lutador, junto com a Califórnia que nas palavras dele foi o lugar que o deixou mais realizado: ''Eu viajei quase todo o Brasil para participar de competições, e no exterior, fui para a Argentina e Estados Unidos, onde me deixou mais realizado, quando disputei o mundial na cidade de Los Angeles''. 
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Lutando pelo sonho, Paulo André saiu da sua dura realidade e conheceu outros locais e culturas, mas onde ele quer chegar, as rotas vão ser um pouco mais difíceis, como mostra o mapa a seguir: 

Por Davi Sacramento e João Vitor Paiva.


O apoio da família foi importante por um lado, mas também foi uma barreira na sua caminhada. ''Uma parte apoiou e outra não, meu pai me apoiou muito com viagens, com campeonatos. Minha tia também, mas ela reclama que eu treino muito e que gasto um certo dinheiro em relação às viagens, mas eles me ajudam sempre que eu preciso'', contou o campeão. 
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A quantidade excessiva de treino é vista tanto pela carga horária, já que os treinos são diários e durante três horas, como pela intensidade nos exercícios. Quem assiste a um  dia de treino do bicampeão mundial, se impressiona com o volume de treinamento, o foco e o esforço do atleta, como pode ser visto no vídeo a seguir no qual Paulo André aparece no centro do tatame e se destaca pela dominação em relação ao seu oponente. 

Treinamentos

A  história aparentemente tão comum de Paulo André Lanzilotti, lutador de Jiu-Jitsu, se destaca pelas dificuldades e rápida ascensão. Ele já foi duas vezes campeão do mundo. É de origem humilde, mas em apenas cinco anos de prática esportiva, o atleta cearense surpreendeu a todos com resultados expressivos.
 
Hoje treinando no bairro Monte Castelo, local pobre de Fortaleza, tem o sonho de morar e treinar no mais rico estado dos Estados Unidos, a Califórnia. O caminho parece longo, mas da forma como ele luta nos tatames e também em sua vida, seu sonho cada dia se aproxima mais. 
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O bicampeão mundial aponta como principal dificuldade a falta de apoio governamental. "Eu acho que a maior dificuldade na vida de qualquer atleta é a falta de apoio aqui no Brasil. Para você participar de competições, para você viajar, para manter uma dieta, uma suplementação''. O preconceito, segundo ele, também dificulta o reconhecimento dos esportistas: ''Há um certo preconceito com o esporte, pois é uma arte marcial, é um esporte de luta".                  
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Se é difícil ter sucesso no Jiu-Jitsu de uma forma geral no Brasil, no Estado Ceará, as dificuldades, na opinião de Paulo, só aumentam, devido à falta de apoio do governo estadual e também da iniciativa privada: ''O Jiu-Jitsu cearense é um dos melhores do Brasil, mas o que falta aqui é um apoio que já existe no Rio de Janeiro e São Paulo para os atletas de lá. Para o Ceará, falta apoio do governo estadual e das empresas privadas'', relatou o desportista.

 

Essa falta de apoio das empresas privadas descritas por ele, pode ser vista no pouco número de academias em comparação a algumas capitais como é visto no infográfico a seguir: 

Em sua família está seu maior admirador, seu irmão João Victor Lanzilotti. Também praticante da modalidade, o irmão mais novo contou como é a relação entre eles, o que ele espera de Paulo André e muito mais. Confere no podcast a seguir: 

Depoimento
As Dificuldades
Entre o sonho e a realidade
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